Miguel Monteiro, que representa a Libata (produtor de Vila Viçosa) desfaz um conceito sobre o peso da cerveja. «Há para todos os gostos. Para quem gosta de mais leves ou mais pesadas. Também por isso há cada vez mais público a consumir cerveja artesanal, que foge à cerveja dita mais comercial», explica, numa altura em que se aposta na produção de lotes mais pequenos. Lá está, para tentar chegar a todos e não apenas aos clientes que adquirem os grandes lotes.
Com Miguel Monteiro partilhavam o recinto do Castelo do Alandroal 40 cervejeiras, 200 rótulos e uma série de «novas apostas». De sidras a kombuchas, passando pelos destilados.
Continuemos a ouvir os depoimentos dos produtores da festa mais bem - ou melhor - regada do fim-de-semana no Alentejo. Voz a Emanuel Granadeiro, que representa a cerveja Sovina (Grupo Esporão), pioneira na produção de cerveja artesanal. «Isto ainda está a começar, mas é verdade que está a crescer», revela, sublinhando que o mercado tem reagido positivamente a uma cerveja que «é totalmente diferente das cervejas a que estamos habituados».
Afinal, resume, estamos na presença de cervejas feitas com métodos tradicionais. «Isso requer muito daquilo que é o cervejeiro e daquilo que se pretende fazer».
E os festivais estão a afirmar-se como um «gancho» sublime para puxar cada vez mais adeptos. Que o diga António Lima, da cerveja BAH. É brasileiro, mas tem o negócio montado em Cascais. Que «a cerveja é boa e sabe sempre bem», nem se discute, pelo que António prefere destacar as características que têm acompanhado os eventos promocionais. «Há gente bonita, boa música, muita animação e aqui até temos um castelo lindo. Há promoção melhor?» E lá saiu um brinde.