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2023-08-31

Cinco artistas alentejanos viajam até Leiria para brilhar na Exposição Nacional de Olaria

 
Estremoz e os seus bonecos, com a chancela da UNESCO, não podiam faltar à 7ª edição da Exposição Nacional de Olaria que esta sexta-feira arranca em Leiria. Redondo, Reguengos de Monsaraz, Ponte de Sor e Beja também lá vão estar. O certame tem a curadoria do coleccionador e investigador Alexandre Correia, o Grão-mestre fundador da Confraria do Boneco de Estremoz
 
 
   Ricardo Fonseca (na foto de capa) transporta nas mãos a responsabilidade de exibir a arte que se desenvolve em torno dos bonecos de Estremoz. Nasceu em 1986 e foi durante a infância que teve os primeiros contactos com o mundo da cerâmica, ao frequentar o ateliê das suas tias, as célebres «Irmãs Flores». É ali que trabalha actualmente, a tempo inteiro e em nome individual.

   O seu trabalho divide-se entre o tradicional e o contemporâneo, mantendo sempre as fortes características do Boneco de Estremoz.


   Entre os artistas que viajam do Alentejo vai estar também Francisco Rosado, mais conhecido como «Xico Tarefa». Nasceu em Redondo, em 1951 e cresceu numa terra com fortes tradições oleiras. Depressa se apaixonou por esta arte.

   Aos 13 anos já trabalhava o barro e ainda hoje recorda com carinho o mestre Ezequiel Campainhas, mestre oleiro de Redondo, que lhe reforçou o gosto pela Arte. Tornou-se mestre oleiro com apenas 16 anos e desde essa época que vem aprimorando a sua técnica, tendo desenvolvido um traçado de desenho muito particular e preciso, assente na ruralidade e intemporalidade dos tempos. 

   Heitor Figueiredo, de Beja, Iliana Menaia, de Ponte de Sor e Manuel Bolhão, de Reguengos de Monsaraz completam o lote de alentejanos que marcam presença na exposição, subordinada ao tema «A Roda das Mãos», que é organizada pela Associação Bajouquense para o Desenvolvimento e pela Associação O Barro na Mão do Oleiro.

   Promete ser «uma viagem sensorial, enriquecida por diferentes estéticas e técnicas, pelas inúmeras texturas e acabamentos conferidos a cada peça e pelas histórias dos artistas, que encerram em si toda a tradição de moldar o barro», segundo a própria organização que integra a curadoria do coleccionador Alexandre Correia.

   Nasceu em Lisboa, em 1981, e é dono de uma colecção particular de artesanato invejável, que conta com mais de 3 mil peças, na sua maioria imagens do Santo António, que lhe merecem uma estima especial.
 

   No momento de aquisição de uma nova peça, Alexandre faz questão de conhecer a sua história, assim como a história de cada um dos talentosos artesãos que as criam, demonstrando sempre um total respeito pela essência e originalidade de cada artista. É esta característica que o distingue e que faz dele um coleccionador de sucesso e tão acarinhado pela comunidade.

   Além da exposição de ceramistas, o evento contará com uma residência artística e diversos concertos, oferecendo experiências únicas e memoráveis.
 

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