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2022-11-18

Alqueva vai criar 16 mil empregos. Mas há o fenómeno «ir e vir»

 
Se o estudo realizado pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA) bater certo, após a conclusão da segunda fase do empreendimento, o grande lago será responsável pela criação de 16 mil postos de trabalho
 
   A previsão está descrita no estudo, onde a empresa já anuncia que «actualmente foram identificados 12 566 trabalhadores, 87,6% no sector agrícola, prevendo-se que, com a entrada em funcionamento dos novos perímetros de rega projectadas para Alqueva, este número aumente para cerca de 16 mil postos de trabalho».

   A EDIA aponta a fixação de mão-de-obra directa em vários sectores de actividade, mas destaca que o êxodo rural sentido na última década, referido nos censos de 2021, não revela esta realidade”.

   A gestora de Alqueva admite que a discrepância poderá estar relacionada com a perda de mão-de-obra indiferenciada, dando origem à procura de nova mão-de-obra através de empresas de recrutamento de recursos humanos. 

   Sublinha que  serão «também elas uma realidade nova na região, assim como o fenómeno reconhecido como commuting, que se traduz pelo acto de ir e vir, de uma forma diária ou semanal do local de residência para o local de trabalho».

   Diz o estudo que serão «pessoas normalmente qualificadas ou investidores, ligados ao sector agrícola e agro-industrial, que actuam profissionalmente na região de Alqueva, mas que não residem nos seus concelhos de influência».
 
   O estudo não contabiliza várias actividades a montante e a jusante dos sectores agrícolas e agro-industrial, pelo que o impacto de Alqueva na mão de obra será bastante superior ao calculado.

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