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2022-11-09

Chuva de Outono traz a comida que o gado mais gosta

 
A chuva de Outono tem aliviado o estado da seca no Alentejo, favorecendo o crescimento das pastagens, mas ainda é preciso mais água para compensar os meses de total ausência de precipitação 

   Os produtores de gado contam, finalmente, com verdura a crescer nos campos, depois de terem sido forçados a alimentar os seus animais à mão ao longo de largos meses. Também as culturas de Outono/Inverno passaram a reunir condições para vingarem.

   O produtor Álvaro Ferreira relata que a chuva que desde Setembro vem caindo na região «até foi bem distribuída», tendo sido importante para ajudar a reduzir os efeitos que seca extrema provocou. Garante que «não há nada como a chuva para fazer crescer as pastagens, deixando-as com este aspecto que agora se vê nos campos. Os animais adoram esta erva logo pela manhã. Aliás, é a comida que o gado mais gosta», sustenta.

   Sobre as culturas de Outono/Inverno também há claros sinais de optimismo numa altura em que começam a estar reunidas «boas condições» para os agricultores trabalharem a terra nos próximos dias. Ou seja, os produtores terão aqui uma oportunidade de lançar sementes com alguma garantia de sucesso, depois de no ano passado, por exemplo, se terem limitado arriscar a semear no pó - como consequência da pouca chuva - entre Novembro e Dezembro.

   Entretanto, continuam a chegar os dados oficiais da crise provocada pela falta de água, onde surge a produção de pastagens e forragens, com quebras muito acentuadas, acompanhadas do «impacto negativo nas disponibilidades alimentares dos efectivos pecuários», realça o Instituto Nacional de Estatística (INE) no último Boletim Mensal da Agricultura e Pescas.  

   Os efectivos pecuários foram suplementados com recurso a alimentos conservados (palhas e fenos) e concentrados (rações) em quantidades acima do normal para a época, o que representa um acréscimo de custos muito significativo para as explorações pecuárias em regime extensivo.

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