A cerimónia de inauguração decorreu no largo junto ao cemitério. «Todos sabem o difícil e caótico que era estacionar aqui em dias de mau tempo. Como era difícil, sobretudo para os peões, fazer o atravessamento ou circular ao longo de todo este troço da Estrada Regional 255», relembrou o presidente da Câmara do Alandroal, João Maria Grilo, perante a conclusão da quarta fase da Melhoria da Mobilidade Urbana e Segurança Rodoviária
TEXTO | Roberto Dores
O renovado troço na zona periférica da vila exibe o alargamento da via, além da criação de passeios, passadeiras e sinalização entre o cemitério e o parque industrial, tratando-se de um investimento superior de 743 mil euros, sendo 350 mil suportados pelo orçamento municipal (47%) e 392 mil euros por fundos comunitários do Programa Operacional Regional Alentejo 2020 (53 %).
«Apesar de representar um grande esforço em termos de fundos próprios, já que a comparticipação está abaixo da média, seria impossível para um município como o nosso, em especial pelo grau de endividamento que temos, concretizar esta obra ou qualquer outra de dimensão igual ou superior sem o apoio dos fundos europeus», sublinhou o autarca.
João Maria Grilo começou por enfatizar que esta obra se insere na estratégia de melhoria da mobilidade urbana e segurança rodoviária, onde já foram investidos cerca de 2 milhões de euros desde 2017, acrescentando estarem em carteira «novas fases para candidatura e execução».
«Graças a essa estratégia, temos requalificado algumas das principais artérias da vila, melhorando as condições de segurança e circulação para peões e viaturas e, em muitos casos, eliminado situações críticas muito antigas, como pontos negros dentro da vila que estavam em muito mau estado ou mesmo em terra batida», insistiu o edil.
João Maria Grilo admitiu que há outras localidades do concelho onde também têm sido realizados grandes investimentos de requalificação de vias e de espaços urbanos, mas, ressalvou, «as necessidades são muitas e os recursos limitados. O ritmo a que o conseguimos fazer pode ficar abaixo das expectativas das populações», destacou.
Mostrou-se particularmente «preocupado» com «o enorme investimento que se torna, cada vez mais, necessário fazer em algumas vias municipais de ligação entre localidades e de ligação a outros concelhos e a falta de soluções de financiamento para esse fim nos programas comunitários ou ao nível do governo central».
A importância dos fundos de Bruxelas
O autarca puxou ainda pelas grandes obras que o concelho tem lançado, alavancadas nos fundos comunitários - Fortaleza de Juromenha ou Escola Básica Diogo Lopes de Sequeira - para defender a importância de se pertencer à União Europeia. «Se mais motivos não houvesse, só este contributo ao longo de décadas dos países europeus para o nosso desenvolvimento local e regional já seria suficiente para estarmos profundamente gratos por pertencer a esta grande família europeia», resumiu.