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2022-12-02

«Estremoz é porta de entrada em Portugal e os seus produtos são excelentes embaixadores»

 
A equação pode ser feita assim: Perante o grande desafio com que a Europa se debate face à questão demográfica, que papel cabe às regiões mais despovoadas como o Alentejo? E como é que a resposta pode entroncar na 28ª Cozinha dos Ganhões que decorre em Estremoz?  A explicação foi dada pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, que já visitou o certame no Parque Feiras e Exposições, alertando que a proximidade de Estremoz à fronteira com Espanha abre o trilho à «cooperação transfronteiriça»

TEXTO | Roberto Dores

 
   A governante «puxou» pelos argumentos do município alentejano, traduzidos nos produtos regionais que a Cozinha dos Ganhões exibe. Destacou a forte marca identitária que os habilita a estimular a produção. «As dinâmicas empreendedoras criam emprego, que é uma permissa para fixar população e atrair mais pessoas a esta região», sublinhou acrescentando que a «centralidade de Estremoz» coloca a cidade a hora e meia de Lisboa e a 30 minutos da fronteira com Espanha, o que permite dar especial atenção ao mercado ibérico.

   Escutemos Isabel Ferreira. «Estremoz é uma porta de entrada em Portugal. O programa de valorização do Interior tem uma componente muito forte dedicada à cooperação transfronteriça, porque a fronteira de Portugal e Espanha é a mais despovoada e precisamos de ter estratégias comuns de fixação de pessoas», referiu a governante, para quem é na diversificação da base económica que assenta o sucesso rumo ao futuro.


   E é aqui que a identidade tem uma palavra de peso a dizer.  «Estes produtos que vimos na Cozinha dos Ganhões são excelentes embaixadores», disse, sendo um dos factores fundamentais para o desenvolvimento regional. Os outros dois são a qualidade e a eficiência. 


   «Isto tem um potencial enorme, porque é a aposta naquilo que de melhor temos nos territórios», justificou Isabel Ferreira, garantindo que é à boleia dos «recursos endógenos  de elevada qualidade» que a região vai abrir trilhos a novas ideias de negócio, atraindo também «inovação tecnológica e conhecimento», que deverá juntar às actividades associdas ao «turismo, aos serviços e ao comércio.»

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