Notícias

2022-11-13

ESTREMOZ. Partir do Águias d´Ouro e dar de caras com as cores do Outono. Só visto

O castelo estará sempre - quase sempre - em pano de fundo daquela que é anunciada como a caminhada «Monumental de Estremoz». A partida é feita em frente ao mítico café Águias d´Ouro. Porém, os mais de dez quilómetros que os caminheiros têm pela frente hão-de revelar uma das riquezas maiores da cidade: a ruralidade que a circunda, mergulhada em tons de Outono. De quase todas as cores


   Estamos a caminho. Passamos junto ao célebre Mercado, e chegamos ao campo, ali ao lado. Conhecemos vinhas, adegas, zonas de mármores, ermidas, ruínas (uma delas assombrada, dizem-nos). A dona de casa que acaba de estender a roupa na quinta. Seguimos por uma estrada repleta de plátanos, a mesma que casais de noivos têm escolhido para imortalizar a data à boleia de fotografias.

   
   Cruzamo-nos com perus (mal sabem que o Natal está próximo), patos, galinhas, ovelhas, rafeiros alentejanos, entre o verde dos campos que forma uma espécie de «berço de contrastes» a outras cores que o Outono consagra. Há marmelos na berma estrada e romãs.


   A vice-presidente da Câmara, Sónia Caldeira, aponta ainda o aparecimento das bagas que anunciam o Natal, além das folhas que ganham tonalidades amarelas e avermelhadas. «Tudo isto acaba por trazer aquele encanto. Estremoz é magnífico em todas a épocas do ano mas no Outono é mesmo fantástico», sublinha a autarca, que integrou a comitiva. Firme. Do princípio ao fim.


   Explica que quando se trata de divulgar o concelho, Estremoz quer estar na linha de frente e, também por isso, abraçou as caminhadas promovidas pela TransAlentejo.


   Passamos duas vezes pela Estrada Nacional 4 e percorremos o viaduto sobre a A6 no regresso, que deixa espreitar a subida até às portas de Évora. Chegámos. Agora é sempre a descer pelas ruas históricas até ao Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz, onde «mora» o maior testemunho da classificação da Unesco.


   Lá dentro está a célebre barrística que exibe o estatuto de Património da Humanidade desde Dezembro de 2017. «É uma marca que nós queremos que nos acompanhe sempre, como principal promotor de Estremoz», resume Sónia Caldeira. A caminhada termina. Afinal, foram mais de 11 quilómetros. São horas de  almoço. É merecido.
 

Artigos Relacionados

« Voltar