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2023-03-28

Estremoz projecta arqueologia como referência turística. E tem muito para mostrar

 
 
«Queremos que o nosso património arqueológico, cada vez mais, passe a ser uma referência para quem nos visita e para os estremocenses», referiu o presidente da Câmara de Estremoz na abertura do encontro que assinalou as comemorações do Dia Nacional dos Centros Históricos. O Município apresentou o projecto de Investigação da Carta Arqueológica do Concelho no Museu Berardo
 
TEXTO l Roberto Dores

José Daniel Sádio quer promover arqueologia do concelho. Imagem l CME
 
   José Daniel Sádio enfatizou que a projecção da arqueologia no concelho já mereceu que o município tivesse aderido à Associação do Portugal Romano, ambicionando dar seguimento à valorização de âmbito nacional. «Promovendo roteiros culturais e fomentando parcerias na procura de investimento nacional e internacional», acrescentou o autarca, sublinhando o «histórico de sucesso» que tem sido garantido por esta estrutura.

   O presidente da Câmara de Estremoz abordou ainda o projecto de escavações que está em marcha nas ruínas romanas de Santa Vitória do Ameixial (foto de abertura do texto), assumindo tratar-se de um «projecto estrutural» face ao que a autarquia pretende para aquela freguesia e resto do concelho. 

   «Para além da animação natural que trará à freguesia durante as escavações no mês de Julho, será também um factor de crescimento do turismo em toda a área geográfica», disse, revelando ainda estar a ser concluído o Roteiro Megalítico - no segundo trimestre deste ano - sendo disponibilizado na página online do Município, ficando acessível a todo o Mundo.

   E o que pretende, efectivamente, a Carta Arqueológica. É a arqueóloga do Município, Rita Laranjo, quem explica o projecto, que aponta ao ordenamento do território. «Pretendemos proceder a uma leitura global sobre o povoamento humano antigo no território do concelho de Estremoz», revelou, pretendendo fazer um levantamento das «evidências materiais existentes». 



Rita Laranjo, arqueóloga do Município de Estremoz. Imagem l CME

   A arqueóloga tem o objectivo de contribuir com um documento que «garanta a salvaguarda, valorização e divulgação do património existente», procurando, por exemplo, minimizar «eventuais impactos decorrentes de futuros empreendimentos», disse, ressalvando que a Carta Arqueológica «não será um produto acabado», justificando que o documento representa «o que em determinada altura foi conhecido e  foi registado». 

   Admitiu mesmo que as mudanças se processam de forma tão rápida no terreno, que no dia em que a versão final da carta for entregue «já está desactualizada».

   Ainda assim, Rita Laranjo assumiu que se trata do primeiro passo em prol do conhecimento dos valores patrimoniais e arqueológicos do concelho, acrescentando que o município «vai continuar a inventariar e a proteger o património e, simultaneamente, criar condições para a divulgação e promoção turística».

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