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Governo aprova 3 mil camas para acolher imigrantes na agricultura
A revelação é feita pela própria ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes: O Governo tem em marcha um conjunto de iniciativas financiadas, que são destinadas a criar residências condignas, habilitadas a receber imigrantes que venham trabalhar para a agricultura
Este programa permite aos municípios organizarem-se com os empresários agrícolas para criarem os alojamentos - que podem ser residências colectivas - sejam eles com cariz temporário ou definitivo, mas que reúnam boas condições para garantir um tecto aos trabalhadores que vêm com as suas famílias, segundo revelou a governante citada pela Renascença.
Sobre a possibilidade de no próximo verão a paisagem alentejana já poder assistir a um cenário diferente daquele que se tem testemunhado nos últimos anos, Maria do Céu Antunes assume que vai haver melhorias, embora, até à data, o Governo só tenha conseguido licenciar um conjunto de equipamentos amovíveis com cerca de 3 mil camas.
"Não são suficientes. Há outras camas que são obtidas dentro das aldeias", destaca a governante, defendendo que se deva aposta na recuperação das aldeias, tendo "não só residência definitiva, mas também alojamento temporário em modalidade de alojamento colectivo".
Em último reduto, acrescenta a ministra da Agricultura, durante um período de tempo, que terá de ser limitado, deverá haver lugar a alojamento dentro das próprias explorações agrícolas, seja por via da instalação desses equipamentos móveis, seja pela recuperação de casarios que permitam fazer essa instalação.
"Agora, não tenhamos dúvidas, a população portuguesa vai envelhecendo. Temos menos pessoas, os nossos migrantes são bem-vindos e nós temos de encontrar forma de os instalar", enfatiza Maria do Céu Antunes, sem perder de vista que sendo a a agricultura cada vez mais tecnológica, a necessidade de mão-de-obra também vai diminuindo, passando a ser mais qualificada.