2022-02-02

Agricultores saúdam medidas do Governo para combater a seca

 
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) aplaude as restrições anunciadas pelo governo para minimizar os efeitos da seca. Adiantamentos aos agricultores "podem ser uma ajuda à tesouraria", mas o sector que não resolve o problema.

O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa admite que a solução perfeita para resolver o problema de seca depende da chuva, mas diz que é preciso tentar minimizar o problema. 



Citado pela TSF, Eduardo Oliveira e Sousa mostrou-se satisfeito com as medidas anunciadas pelo Governo. A ministra da Agricultura revelou que o Executivo já falou com a Comissão Europeia, para "fazer um reforço e simplificação dos adiantamentos". Dada a urgência do problema, os adiantamentos são bem-vindos. A necessidade imediata de medidas é positiva. 

Mas, para a CAP, não resolve o problema. "Esta ajuda vai adiar um buraco financeiro já anunciado", alerta o dirigente, para quem esta ajuda apenas adia "por alguns meses o buraco financeiro".

Já quanto às barragens que fornecem os agricultores, defende que "o foco deve estar colocado na sobrevivência das culturas permanentes, especialmente agora durante o Inverno. O que é problemático é a probabilidade de a produção nas culturas intensivas ficar suspensa", diz, acrescentando que as medidas anunciadas pelo governo são temporárias. 

Vão estar em vigor até ao próximo encontro da comissão que acompanha o estado de seca em Portugal, que vai acontecer em Março, como revelou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. Caso o problema persista e se agrave, as restrições podem tornar-se "definitivas e obrigatórias".

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