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2022-08-09

Alentejo vive segunda maior seca de sempre

Desde Outubro do ano passado até hoje choveu praticamente metade do que seria um ano hidrológico normal, segundo avança o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Há 17 anos que o Alentejo não assistia a uma tão grande carência de água

   Um ano hidrológico está compreendido entre 1 de Outubro e 30 de Setembro do ano seguinte, confirmando que o ano hidrológico de 2021/2022 é o segundo mais seco desde 1931 (quando passou a haver registos), sendo apenas ultrapassado pelo ano hidrológico 2004/2005.

   Ou seja, há 17 anos que o Alentejo não assistia a uma seca com a dimensão da deste ano. Aos dias de hoje todo o território dos três distritos já se encontra em seca severa ou extrema, registando-se ainda bacias hidrográficas que se encontram há dois anos em défice. Em termos de regiões, o sul do continente e o nordeste alentejano são as que apresentam a percentagem mais baixa de água no solo.

   O IPMA já tinha admitido que deverão ser necessárias medidas mais restritivas, sublinhando que desde Janeiro que as autoridades que gerem a água estão numa situação progressiva de contenção. 

   Os meses de Maio, Junho e Julho foram ainda dos mais quentes dos últimos 92 anos, enquanto a chuva que caiu por cá correspondeu apenas a 13% do que é normal para esta época do ano. 

   Pelo Alentejo registou-se uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo, inferiores a 20%, enquanto foi também na região que se verificaram os valores mais altos da temperatura máxima do ar. 
 

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