2022-09-06

Andamos a ser invadidos. Ficamos de braços cruzados ou agimos?

   Acácias, Jacinto-de-água (na foto), chorão e mexilhão-zebra. Mimosa, vespa-asiática ou lagostim-vermelho-do-Louisiana. Eis apenas algumas de mais de 300 espécies exóticas invasoras instaladas em Portugal que já chegaram ao Alentejo, traduzindo a quinta ameaça à biodiversidade a nível global.
 
   Pela Serra de Mamede avançou o controlo e erradicação de invasoras, nomeadamente a acácia e alianto, mais conhecido como espanta-lobos. A acção foi feita à boleia de uma candidatura «de prevenção, controlo e erradicação de espécies exóticas invasoras em áreas integradas em Rede Natura 2000 e em áreas protegidas de âmbito nacional».  

   O plano contemplou o recurso a metodologias adequadas para cada local, com o objectivo de reforçar a vitalidade ecológica dos vários habitats e manchas florestais existentes nos concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, numa área de intervenção de aproximadamente 100 hectares. 

   Mais a sul, a atenções não perdem de vista o jacinto de água que vai descendo pelo Guadiana, ameaçando a barragem de Alqueva. A Agência Portuguesa do Ambiente apostou no projecto no troço transfronteiriço em parceria com as autoridades espanholas para impedir que a planta invasora que veio do Amazonas chegue a Portugal.  

   A planta invasora, que já está em Portugal, impede a entrada de luz solar e a oxigenação das águas, com consequências nefastas para a fauna e flora.Pelo Guadiana abaixo surge a mais recente preocupação das autoridades, com o aparecimento do mexilhão-zebra. Passou a ser obrigatória desinfecção de embarcações antes de entrarem na água para evitar a chegada às albufeiras do empreendimento desta espécie exótica invasora, considerada como sendo das mais prejudiciais do planeta.

   A transferência de exemplares e larvas de mexilhões-zebra entre bacias hidrográficas e albufeiras faz-se através de embarcações que navegam em águas onde a espécie existe. O mexilhão já existe em três bacias hidrográficas de Espanha, nomeadamente na do rio Guadalquivir, que pega com a do rio Guadiana.

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