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2022-11-06

Caminhada pelo Alandroal acende luz de esperança para Cláudia

 
«Tenho muita fé que vai correr bem e que vou ver melhor, graças à ajuda que tenho recebido dos amigos do Alandroal. Sem eles iria ser mais difícil arranjar os 10 mil euros para a operação». Cláudia Pires, 21 anos (à esquerda na foto), agradecia assim a acção solidária que juntou 150 inscrições pagas - e uma participação de 70 pessoas -  na caminhada que percorreu os campos na imediação da vila este domingo

TEXTO | Roberto Dores

 
   Cláudia está a escassos dois meses de fazer a viagem que lhe poderá mudar a vida. Sofre de glaucoma congénito, sem cura, mas o transplante da córnea a que se vai submeter em Barcelona abre uma luz de esperança para esta jovem. «Em Portugal não agarraram bem o meu caso, mas em Espanha dizem que sim. Tenho fé», insistia.

   Reside em Lisboa, mas tem família no Alandroal, onde tem passado temporadas de férias ao longo da vida, falando com especial entusiasmo dos mergulhos nas piscinas municipais. Este Verão não foi possível, porque esteve envolvida noutras actividades, mas espera regressar em força a banhos para 2023.

   
   E quanto à cirurgia? «O maior problema agora é a tensão ocular elevada. Tem que ser muito bem controlada», explicava de braço dado com a irmã Patrícia, à passagem do meio da caminhada, quando Cláudia abandonou o grupo e seguiu de automóvel para poupar esforços.

   O resto dos caminhantes seguiu em direcção à vila, cumprido a segunda metade do trajecto organizado pelas Caminheiras e Motorklub do Alandroal, com apoio da Câmara e ainda de vários empresários e alguns particulares.


   Rosa  Pinto, prima de Cláudia, e Natália Ramalho, admitiram ter valido a pena. «Muita gente aderiu, porque perceberam a nossa mensagem. Abraçámos esta causa e tudo conta à hora de ajudar a Cláudia», sublinhava Natália Ramalho.

   As actividades solidárias já vêm desde as festas da terra. «Fizemos a quermesse, vendemos rifas, bolos. Todas as coisas que nos foram dando, fomos vendendo», acrescentava Rosa Pinto, assumindo que as caminhadas traduzem uma "boa maneira de atrair gente», justificando que «são muitos a ajudar».


   Luís Guerra, representante do Motorklub, também destacava a adesão solidária que a prova mereceu da população do Alandroal, destacando que os motociclistas estão «sempre prontos a ajudar nestas causas».
 

   Explicava que «a organização de uma caminhada como esta não é fácil. Tivemos que contactar muitas pessoas para garantir a ajuda de todos, mas, felizmente, correu muito bem», resumia.

 

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