Notícias

2022-11-16

Copos de café, maços de tabaco e garrafas de plástico. O lixo que polui os campos do Alentejo

 
Em apenas dez minutos Mariana Rebelo encheu uma caixa de cartão de garrafas de plástico, cabos, embalagens takeaway e até um pedaço de pneu. Mas alertou para um fenómeno mais recente, que passa pelo aumento de copos de café atirados para a natureza. «Estão por todo o lado. Como é que isto se compreende? Em lugar de reduzirmos a poluição e o plástico, estamos a descobrir mais factores poluentes. Assim não há como combater isto», lamentou
 
   Mariana Rebelo depositou o lixo no contentor mais próximo e guardou a caixa para continuar a apanhar os resíduos que ia encontrando nas bermas das estradas ao longo da caminhada pelos campos que circundam Estremoz. Não foi preciso muito tempo até ter a caixa outra vez cheia.

 
   «Apesar de todas as campanhas, não se entende como é que as pessoas continuam a atirar tanto lixo para o campo», lamenta Mariana Rebelo

   «Veja a quantidade de garrafas de plástico que atiram para os campos», desabafava, à medida que ia apanhando mais e mais lixo. «Até uma pilha há aqui e veja os maços de tabaco. O que é isto ainda nos dias de hoje?», questionava a caminheira, que viajou desde Oeiras para participar no percurso que sábado desvendou a ruralidade estremocense.

   «O que me chateia mais são os sacos de plástico e também as máscaras. É assustador», referiu, alegando que «as pessoas já não têm tanta necessidade de comprar garrafas de plásticos. A água da rede é potável e os municípios apostam na qualidade», insistiu, apelando à reutilização dos sacos de plástico. «Guardem-nos para várias utilizações e nem sempre é necessário utilizar um saco para pôr só dois pães. O mesmo se aplica às frutas e legumes», concluiu.
 

Artigos Relacionados

« Voltar