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2023-11-23

Cruz Vermelha de Estremoz garante refeições a 300 famílias. E muito mais

 
Os números ajudam a ilustrar o alcance de parte do trabalho que a Cruz Vermelha de Estremoz tem desenvolvido por estes dias junto dos mais desfavorecidos. Todos os meses mais de 300 famílias têm recebido apoio alimentar das mãos dos voluntários da instituição, que esta quinta-feira celebrou 109 anos   
 
TEXTO | Roberto Dores
 
   Mas o trabalho da delegação de Estremoz da Cruz Vermelha Portuguesa vai muito para lá do fornecimento de alimentação a quem mais precisa. «Falamos de números muito grandes», sublinhava a presidente da delegação Rosália Cardanha, dando o exemplo do transporte de «mais de mil doentes não urgentes». E ainda regressou aos anos da pandemia para vincar a resiliência de quem continuou a andar na rua enquanto a população passava a ficar em casa. 

 
   «Fomos os primeiros a fazer transportes Covid, estivemos presentes em todas as situações de grandes surtos, apoiámos o Estado e o Serviço Nacional de Saúde com uma série de testes grátis entre o Alentejo e Lisboa», relembrou a dirigente, sem perder de vista um caminho de 109 anos que apoiou feridos em guerras mundiais e que hoje continua a dar a mão «a refugiados, vítimas de violência doméstica ou transporte de doentes entre hospitais». 


   Também por aqui anda a resposta de tratamento de fisioterapia e de exames de radiologia sem que o utente tenha de pagar, graças à convenção estabelecida com o Estado.

   Em tempos de permanentes alertas impostos pelas alterações climáticas e fenómenos extremos ou conflitos mundiais, a Cruz Vermelha diz «presente». De peito aberto e sem olhar para trás.  «Quanto maiores forem as necessidades mais nós estaremos presentes, com grande esforço do voluntariado», notou Rosália Cardanha, merecendo o «aplauso» do presidente da Câmara de Estremoz, que se fez acompanhar de uma representação ao mais alto nível do Município.

   José Daniel Sádio destacou a importância da celebração da efeméride para que «não se perca o foco» sobre instituições com a relevância da Cruz Vermelha «que trabalham para quem mais precisa. Devemos trabalhar de forma unida no auxílio ao próximo», enfatizou o autarca, assumindo o empenho do Município em apoiar a instituição.

   Recordou como há um ano, pela primeira vez, a autarquia ofereceu uma ambulância, enquanto que para o próximo ano já tem orçamentados 30 mil euros para fazer face a «um protocolo de cooperação que pretende mitigar as dificuldades da Cruz Vermelha, fruto da sua, cada vez, maior intervenção.»

   O edil congratulou-se ainda com o papel dos voluntários, avançando estar já em vigor o regulamento de incentivo ao voluntariado, que abrange bombeiros e Cruz Vermelha, prevendo mais apoios na angariação de novos elementos para reforçarem as forças de emergência.

   O presidente nacional da Cruz Vermelha, António Saraiva, também marcou presença em Estremoz, assumindo que a instituição «continua a responder aos tempos difíceis para que foi criada por Henri Dunant. Tem estado sempre ao lado dos desfavorecidos, numa altura em que o mundo deixou de ser bipolar e passou a multipolar», resumiu. 

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