Uma parte da Torre dei Conti, uma das construções medievais mais antigas de Roma, desabou esta segunda-feira, 3 de novembro, durante obras de restauro, deixando pelo menos um trabalhador soterrado e outros feridos. As autoridades italianas confirmam que as operações de resgate continuam e descrevem a situação como “muito complexa”.
“Há uma pessoa presa sob os escombros. Desconhecemos o seu estado, mas acreditamos que ainda está viva”, declarou o ministro da Cultura de Itália, Alessandro Giuli, citado pela imprensa local.
O acidente ocorreu enquanto decorriam trabalhos de consolidação na estrutura, erguida há mais de 800 anos. A torre, construída em 1203 por ordem do Papa Inocêncio III para a poderosa família Conti di Segni, situava-se junto ao Fórum Romano e simbolizava o poder papal na Roma medieval.
Originalmente com cerca de 50 metros de altura, foi durante séculos uma das torres mais imponentes da cidade, chegando a ser conhecida como “Torre Maggiore”. Ao longo do tempo, porém, foi perdendo parte do revestimento em travertino e sofreu danos com vários sismos, nomeadamente o de 1348, que destruiu boa parte da estrutura original.
O colapso desta segunda-feira reaviva o debate sobre a conservação do património histórico de Roma, que enfrenta o desgaste do tempo e os desafios de obras em edifícios com séculos de história.
As autoridades italianas garantem que serão avaliadas as causas do acidente e o estado de estabilidade da estrutura. O perímetro da Torre dei Conti, localizada entre o Fórum Romano e o Coliseu, permanece vedado ao público.