«O Rei estava muito em Vila Viçosa mas tinha algumas casas de petiscos quando vinha fazer as caçadas», refere, admitindo que não tem nenhum documento que o prove. «Fui até ao último registo que havia na Conservatória. De 1802 para trás não há mais nada», justifica.
A história do novo alojamento do Alandroal prossegue mais adiante, quando viria a funcionar como posto da GNR. Os proprietários guardaram as duas portadas, que estão expostas à entrada da recepção.
Mas entre as curiosidades lá surge o tradicional jogo do alquerque. Licínia deparou-se com uma pedra diferente de todas as outras. Seria encontrada à boleia das demolições. «Reparei que tinha umas covinhas e percebi que era uma coisa interessante», relata. Viria a confirmar que se tratava de um tabuleiro de alquerque 12, com a ajuda do historiador Lobato Faria. Aproveitou a pedra para fazer o assento de um banco no jardim.
C’alma D’Alentejo é uma unidade de Turismo de Habitação com dez quartos duplos e quatro apartamentos, possuindo uma ampla área exterior dotada de piscina e várias zonas de estar.
O presidente da Câmara, João Maria Grilo, congratulava-se com o novo alojamento, justificando que «numa vila como o Alandroal qualquer novo projecto representa um impulso», sublinhou durante a inauguração, aplaudindo a «qualidade, dimensão e dinâmica» da unidade hoteleira, que já começou a aceitar reservas.
«Estamos todos muito satisfeitos por isso», resumiu o autarca, enquanto o representante da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, João Cavaleiro Ferreira, destacava o detalhe da «sustentabilidade do projecto», sublinhando que esta unidade se pode adaptar a «curtas estadias».