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2023-06-22

Estremoz dá futuro a Casa das Fardas e padaria que cozeu 40 mil pães por dia

A Casa Real, conhecida em Estremoz como Casa das Fardas,  vai ser alvo de recuperação em sede do programa Revive, devendo acolher um novo hotel na cidade 
 
TEXTO l Roberto Dores
 
   O presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, destaca a importância do concurso para a concessão do edifício - situado na zona do Castelo - ter sido  lançado na quarta-feira, visando a recuperação do imóvel  que se apresenta em estado de avançada degradação e sem qualquer uso há vários anos.
 
   «Para nós é uma notícia muito importante, porque o prédio continua por  requalificar naquela zona da cidade. O arranque das obras pode ser o início da regeneração da zona histórica de Estremoz», sublinhou o autarca.

A cerimónia de lançamento do concurso da Casa das Fardas inscreveu-se no programa Governo + Próximo que levou a Estremoz os secretários de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, do Tesouro, Pedro Sousa Rodrigues e  Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira. 
 
   Ainda não há datas definidas para avançar com o projecto, cujo processo terá de preencher alguns requisitos, como respeitar a arquitectura do edifício datado de 1740, segundo escreveu Túlio Espanca. O futuro concessionário ficará com a gestão do imóvel ao longo de 50 anos, com uma renda mínima de 3 mil euros anuais.

   O edifício foi projectado pelo Marquês de Tancos, sendo inicialmente destinado ao Armazém de Fardas do Exército da Província Alentejana. Havia de servir também como Padaria Militar, cozendo até 40 mil pães por dia para todo o exército alentejano.
 

   Segundo a descrição fornecida pelo próprio revive, a propriedade é uma forma rectangular alongada, originalmente construída com dois andares interiores. «Possui grandes contrafortes de alvenaria no alçado sudoeste», refere.



  No lado oposto do edifício, amplamente transformado, voltado para a Rua do Assento, encontra-se o brasão do Reino Unido Portugal-Brasil (1816-1822) , do tempo de D. João VI (1816-1826). Este brasão circular é envolvido por uma emblemática composição de estuque. Falta-lhe a coroa real, retirada intencionalmente pelos revolucionários republicanos depois de 1910.
 

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