2022-11-30
ESTREMOZ. «Oposição chumbou Orçamento para não nos deixar trabalhar»
«Surpreendido e estupefacto». Eis a reacção do presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, face ao chumbo do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023, por parte dos vereadores da oposição na autarquia. Avizinham-se dificuldades com estilhaços na execução de novos projectos e no funcionamento dos serviços
José Daniel Sádio não poupa nas críticas aos membros da oposição, começando pela representante do PSD, Sónia Ramos. «É uma vereadora e também deputada da Nação, mais preocupada em acompanhar os dossiês nacionais e o combate que é feito de forma, por vezes, cega ao Governo do PS. Quer combater o PS também aqui», denuncia, justificando que só esta lógica pode explicar o voto contra de Sónia Ramos.
«É um orçamento que incorpora todas as medidas que foram propostas pela coligação do PSD/CDS em Estremoz», sublinha o edil, destacando os apoios que destina à questão social, no quadro de emergência que se vive à escala mundial, ou os 4 milhões de euros canalizados para «investimentos em curso do anterior executivo e aposta em novos investimentos, para fazer face ao quadro comunitário. É um orçamento que apoia famílias e empresas», insiste.
Já sobre o chumbo promovido pelos vereadores do MiETZ (Movimento Independente por Estremoz), José Daniel Sádio regressa a um passado recente, quando o movimento governou os destinos municipais.
«É surreal este chumbo depois da forma como deixaram o concelho ao nível de ordenamento, de águas, saneamento, falta de rumo, de estratégia. E agora, ao fim de 13 meses de termos tomado posse, não respeitam a vontade da população e não nos dão condições para governar», lamenta.
«A oposição chumbou o Orçamento para não nos deixar trabalhar», acrescenta o autarca, questionando-se como é que os vereadores do MiETZ tencionam explicar aos seus presidentes de Junta que este executivo «lhes facultou antecipadamente a capacidade para investir nas respectivas freguesias e eles chumbaram o orçamento?»
José Daniel Sádio vai mais longe: «Eles querem parar-nos agora, porque daqui por três anos será muito complicado. Até lá a revolução em Estremoz vai acontecer. Nem deixaram chegar à Assembleia Municipal e a todo o território. Decidiram chumbar logo na Câmara, apenas ao fim de um ano de mandato deste executivo», insiste o autarca, enquanto convida os estremocenses a visualizarem o vídeo da reunião na página do Facebook do município. «É para verem os argumentos que foram utilizados, com demagogia e falsidade», conclui.
