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2022-04-30

FIAPE. É hora dos mais novos tomarem conta da agricultura

 
 
A ministra da Agricultura está convicta de que a tendência de envelhecimento dos trabalhadores rurais está em vias de ser invertida e que os dados avançados esta semana pela Pordata - segundo os quais 60% dos trabalhadores agrícolas têm 55 ou mais anos - em breve vão conhecer uma nova realidade nos campos.
 
TEXTO Roberto Dores
 
Na visita à Feira Internacional Agro-pecuária de Estremoz (FIAPE), Maria do Céu Antunes, constatou a presença de «jovens agricultores» no certame, destacando que as novas gerações têm dado claros sinais de estarem interessadas em trabalharem na lavoura.

«Cada vez que abrimos avisos para a instalação de jovens agricultores, seja por via do prémio ou para instalação ou investimento em exploração agrícola, todos os avisos ficam imediatamente esgotados», revela a governante, acreditando que o cenário será mais optimista a partir de Janeiro de 2023, à boleia do novo Plano Estratégico da Política Agrícola Comum.

Maria do Céu Antunes destacou que serão valorizadas as candidaturas dos jovens agricultores com taxas de financiamento mais vantajosas. «Isso vai ser determinante para podermos mostrar aos jovens que a agricultura é um sector de futuro», sublinhou a ministra, apontando a FIAPE como um exemplo da resiliência do sector.

«É capaz de se adaptar às situações mais difíceis. Mostrou isso durante a pandemia e está a mostrar agora, num contexto particularmente difícil, quando a guerra voltou à Europa», disse ainda a ministra, ao lado do presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, tendo sido ainda acompanhada por vários dirigentes agrícolas. 

Maria do Céu Antunes visitou o gado, o artesanato - onde elogiou particularmente a barrística de Estremoz - a maquinaria e ainda o ouviu a banda tocar, antes de apelar à competitividade da agricultura nacional, alertando para a necessidade dos produtores apostarem no «eficiente uso do água e melhoria do solo».
 
Puxaria ainda pela gestão da propriedade, que, disse, «se quer maior e com nível de profissionalização acrescida. É o que os agricultores têm andando a fazer», resumiu.
 

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