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2022-10-02

«Foi tão bom vir a Estremoz. As pessoas já passaram muito, mas construíram tanto»

Maria d´Aires, actriz alentejana, nascida em Vila Viçosa há 53 anos. Hoje subiu ao palco do Teatro Bernardim Ribeiro (Estremoz) e não escondeu a emoção pelos aplausos de uma casa cheia


   Sentiu que tinha recuado no tempo. Até aos dias em que «era tão feliz nesta região. Aqui bebi muito da minha boa formação», avançou, revelando a alegria com que subiu ao palco numa das suas terras de eleição. 

 
   «Foi tão bom vir a Estremoz. Conheço muito bem esta região. Sei que as pessoas já passaram muito, mas construíram tanto ao longo dos anos. É um orgulho perceber como tudo isto evoluiu, porque esta terra traz-me muita paz», avançou a actriz.


   Sobre o Teatro Bernardim Ribeiro, destacou que a sala de espectáculos estremocense exibe «um espaço muito disponível para futuras propostas. É muito acolhedor e lindíssimo.»


   Maria d´Aires vestiu hoje os trajes negros de uma viúva, matriarca - com mão pesada - de cinco mulheres solteiras. Propôs-se prender as filhas em casa por oito anos, obrigando-as a fazer o luto pelo pai. 

   O escaldante Verão de Federico Garcia Lorca passa-se na Andaluzia. Fala de amor, rancor, de valores que se sobrepõem às relações afectivas. Uma obra sempre actual. 


   «O próprio Federico Garcia Lorca foi vítima de tempos indescritíveis na sua crueldade e maldade. Ainda hoje nós assistimos a isso. Somos todos vítimas de alguma coisa. É importante libertarmo-nos para emoções mais construtivas», justificou a actriz alentejana, aconselhando a «rir, chorar. Faz tão bem libertar emoções».
 

 
 

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