Notícias

2023-12-12

Há caixas de sapatos de onde saem histórias. As crianças do Alandroal já as conhecem

A «Ana Bacana» canta-se em rap e prende a atenção da plateia entregue às crianças do pré-escolar. Já antes a canção de embalar tinha assegurado olhos fixados em Ana Rita Janeiro, enquanto as gargalhadas se fizeram ouvir quando uma caixa se abriu e o público deu de caras com um «monstro» sentado na sanita a ler o jornal. Mas ainda nevou, entre luzes e sons de Natal. Chegamos ao fim destas Histórias em Caixas de Sapatos. Encha-se de aplausos a sala do Fórum Cultural do Alandroal
 
TEXTO | Roberto Dores
 
   Mas, afinal, que ideia foi esta das Histórias em Caixas de Sapatos que já chegaram a milhares de crianças de Norte a Sul do país. Fica-se a ouvir Ana Rita Janeiro durante cerca de meia hora, com histórias curtas, em que assume uma versatilidade traduzida em vários papéis. A solo.

   «É a congregação de várias coisas que gosto de fazer», explica a artista plástica de Évora - que também é escritora e ilustradora - tendo apostado em unir as três artes.

   Escreve histórias originais, sempre em poema, que surgem das caixas de sapatos, com o objectivo de incentivar as crianças a serem artistas, mas, sobretudo, a demonstrar como «é fácil brincarem com a imaginação, recorrendo a um objecto tão simples». Refere-se, claro, às caixas.

   «Depois a música acabou por ir nascendo aos poucos com uma outra actividade que tenho. Chama-se Casinha de Ratos, onde a parte musical era muito pequenina?, adianta. Porém, nas caixas de sapatos a música ganhou mais forma. «O objectivo é envolver as crianças e fazer com que elas se entusiasmem com o livro e incentivo à leitura. É o que está na base disto».

   E como se portaram as plateias do Alandroal? «Portaram-se lindamente. Atendendo às idades deles, estiveram atentos e é importante que saiam daqui com muitas ideias».
 

Artigos Relacionados

« Voltar