2022-06-12

Horrores da «Idade Média» em exposição na Feira Renascentista

 
VILA VIÇOSA. A Idade Média esteve longe de ser a melhor época para se viver. Tentar ser livre, por exemplo, era um conceito quase desconhecido. Tempos sublinhados por invenções que ainda hoje provocam calafrios, onde se contam vários instrumentos de tortura e punição.

Alguns deles (ver vídeo em baixo) estão em exposição no Castelo de Vila Viçosa, em plena Feira de Inspiração Renascentista. Aqui fica a lista dos equipamentos expostos que exibem as principais técnicas criadas no período da Idade Média.


Cadeira Inquisitória. Um dos mais dolorosos meios, em que a vítima era forçada a sentar-se na cadeira à qual era aprisionada por tiras de couros ou peças de metais que garantiam sua permanência. O torturado era submetido a milhares de pontas metálicas que perfuravam seu corpo. Destinada aos suplícios da carne, a cadeira inquisitória foi largamente empregada pela Inquisição como meio de se obter a confissão dos chamados hereges. No entanto, seu uso não se restringiu ao órgão religioso da Idade Média.

Berlinda. Era um castigo considerado leve e muito aplicado em diversos países da Europa medieval. Tratava-se de uma placa de madeira, na qual a vítima era presa pelos braços e pescoço, limitando a sua mobilidade. Depois, o réu era solto pelas ruas, onde era agredido e insultado pela população, devido à sua conduta considerada imoral. Geralmente, o castigo era destinado a alcoólicos e ladrões.


Cepo do carrasco. Era usado na decapitação com a espada e carecia de longa aprendizagem até se manejar com precisão, de modo a decepar a cabeça com um golpe. Os carrascos mantinham-se "em forma" treinando com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça. A decapitação, pena suave quando executada com habilidade, estava reservada exclusivamente os nobres, porque os plebeus eram executados de outras formas, que garantiam agonias mais prolongadas.

Cavalo espanhol. Um dos castigos mais cruéis de que se tem registo, no qual as vítimas eram colocadas nuas sobre um aparelho que tinha o formato de uma letra V invertida com as pernas entreabertas. A ideia era fazer com que o peso da própria vítima cortasse o seu corpo em duas metades. Para deixar a situação ainda mais agonizante, eram amarrados pesos aos pés da vítima, forçando o corpo a ir para baixo.
 
Berço de Judas. Nasceu nas mãos do italiano Ippolito Marsili como uma tortura "leve": tratava-se de um sistema para obter confissões que não permitia ao suspeito dormir, mas, ao decorrer da história, transformou-se num cruel aparelho, no qual as vítimas eram suspensas por cordas acima de uma espécie de triângulo pontiagudo, sendo largadas em cima do objecto com força para lesionar o ânus e as partes sexuais.

Cavalete. O acusado era preso pelos pulsos e tornozelos às extremidades do cavalete e, à medida que o interrogatório avançada, o torturador usava várias ferramentas, desde ferros quentes, alicates, pinças, afogamento, entre outros.
 

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