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2023-02-15

Isabel fez o teste do álcool e acusou 1.20. Foi a brincar, mas levou a lição a sério

 
Os meios de socorro colocam-se rapidamente a caminho do local do acidente após o alerta dado para o 112. Um automóvel acaba de abalroar uma mota provocando um ferido aparentemente grave. António é a vítima. Isabel é a condutora. O que bebeu esta manhã há-de levá-la à Esquadra da PSP de Estremoz

TEXTO | Roberto Dores
 
   Eis que chega a testemunha e pergunta ao motociclista se está bem. Ao seu lado estão caídas mais duas vítimas. Peões que por ali passavam no momento da colisão. João (a testemunha) puxa do telemóvel e liga para o número de emergência. 


   Dá o nome, o número de telefone e explica o episódio a que acaba de assistir em plena Avenida General Humberto Delgado, mesmo à porta da Escola Sebastião da Gama. O 112 responde que vai já enviar o socorro. Uma viatura da PSP abre caminho à ambulância.

   Enquanto os bombeiros correm para o socorro, um agente da polícia aborda a condutora, pedindo-lhe a identificação. Sujeita ao teste de álcool, Isabel acusa 1.20, após encher bem o peito de ar e soprar várias vezes. Assume diante das autoridades que ingeriu «três bagaços». A resposta do agente é pronta: «Está detida», diz, encaminhando a condutora para o automóvel, a fim de a levar para a Esquadra. O ferido grave é imobilizado com recurso a um colar cervical, entra na ambulância e segue viagem para o Hospital de Évora.


   Tudo isto foi apenas um «faz de conta», que teve lugar esta manhã na Escola Sebastião da Gama, mas serviu de lição prática aos alunos do 4º e 6º anos de Cidadania e Desenvolvimento. Isabel explica: «Ficámos a saber que o consumo do álcool é muito perigoso para a condução e se que quem conduz não deve mesmo beber, porque tem mais risco de ter um acidente grave».


   António, uma das vítimas da manhã, alertou para a importância de se «saber usar o 112», destacando que é preciso «dar informações correctas e nunca ligar sem ser mesmo preciso. Muito menos dando um falso alarme».

   Foi precisamente este um dos pontos salientados pela comandante da Esquadra Complexa da PSP de Estremoz, Ana Ribeirinho, nesta aula prática, que sucedeu a uma outra teórica. Aliás, esta acção que juntou PSP, Cruz Vermelha e a própria escola, teve o objectivo de sensibilizar  para o tema do  Dia Europeu do 112, que se celebrou no passado dia 11. 

   E porquê dia 11? Porque é dia 11 do mês 2 (Fevereiro), o que perfaz o «112», como explicou aos alunos a própria agente, acrescentando que o número de emergência foi criado em 1991, mas só em 2008 é que passou a a ser transversal aos 28 estados aderentes, por ser fácil de memorizar    

   Entre os alertas deixados pelas autoridades na escola esteve a sensibilização para o combate aos falsos alarmes. «São crime e são puníveis. A Polícia tem condições de saber quem faz as chamadas falsas para o 112 através da investigação e identificar as pessoas», sublinhou.

   «É importante que estes jovens saibam que o número é grátis e que podem ligar de qualquer telefone sem custo adicional», relembrou, alertando que «devem dizer sempre quem são, onde moram e pedir ao operador que anote o seu contacto de telemóvel. Se alguma coisa correr mal, consegue-se saber onde a pessoa está através do satélite», resumiu a mesma responsável.

   Esta acção teve suporte numa parceria com a Escola Segura e a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento integrada no domínio da saúde para 4º e 6º anos, como avançou Maria Godinho, coordenadora da Cidadania e Desenvolvimento e professora de História e Geografia.
 

 

 
 
 
 

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