A principal entrada de Estremoz está reaberta ao trânsito. Desde a tarde desta sexta-feira que se circula pela nova via que liga a Avenida de Santo António à Estrada Nacional 4. Uma solução que deixa a pedreira de risco a cerca de 30 metros. Mas há mais obras previstas. Uma aponta à futura ligação da Avenida Rainha Santa Isabel à EN4. A outra prevê o aterro da pedreira 177
O presidente da Câmara, José Daniel Sádio, destacou o «tempo recorde» com que a obra foi concluída, com um custo de 220 mil euros, viabilizando a reabertura ao trânsito. «Voltamos a poder entrar e sair de Estremoz até à EN4», sublinhou o autarca, para quem a segurança é a palavra-chave. «A vida humana não tem preço. O problema estava cá e nós conseguimos resolver», referiu.
Recorde-se que a autarquia assumiu o encerramento da estrada e lançou a empreitada perante os riscos de derrocada do talude junto à pedreira 177 referidos desde 2019 pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Apesar do relatório do LNEC não dar conta de perigo iminente de desmoronamento, em situações ditas «normais», a câmara preferiu jogar pelo seguro. O talude exibe uma extensão próxima dos 300 metros.
A autarquia procura também garantir junto da empresa Infra-estruturas de Portugal dar andamento ao projecto de execução da variante do IP2, «numa solução de mais médio e longo prazo», ressalvou José Daniel Sádio. Isto numa altura em que se avança no terreno com o levantamento das necessidades com vista à elaboração do projecto que há-de ligar a Avenida Rainha Santa Isabel ao novo nó.
Já quanto ao aterro da pedreira de risco, o edil justificou que, primeiro, será necessário perceber de onde vem a água. O estudo geológico tem uma calendarização de 18 meses. «Há a preocupação da água entre as cavidades. Não se pode só aterrar a água sem ter garantia que ela está drenada». Um passo essencial para eliminar algum tipo de risco.