2022-07-02

Já provámos as caracoletas alentejanas que os franceses adoram

 
ALANDROAL. José Lobo, da Palad'Art, apresenta as caracoletas recheadas com tostinhas e espetada de tomate com queijo. A iguaria faz água na boca e a degustação confirma a qualidade do prato.

 
   Há segredos culinários, pois claro, também à volta da forma como se confeccionam as caracoletas. Mas o palato explica facilmente a atracção dos franceses pelas caracoletas alentejanas, que são produzidas no Alandroal por Elso Balixa, da Naturcourtesy. A «esmagadora» maioria são exportadas para o mercado francês, mas ainda ficaram por cá algumas para irem à mesa do festival «Fora da Casca», o mesmo que está a ocupar o castelo da vila até este domingo e que abre ainda espaço aos lagostins.
 


   O presidente da autarquia, João Maria Grilo, sublinhou o interesse em torno deste nicho de mercado, tendo por base, precisamente, a questão da exportação para vários países, onde se inscrevem os franceses com principais consumidores, a par dos italianos.



    Este «Fora da Casca» traduz, também por isso, «uma oportunidade» que o município dá «a quem investiu no concelho», referiu o autarca na abertura informal do festival que tem uma tonelada de caracóis e 600 quilos de lagostins para venda ao público, entre animação pela tarde e noite fora.
 


   «É sempre importante promovermos o que temos», acrescentou João Maria Grilo que aposta «em trazer gente a conhecer o concelho e depois envolver localmente as pessoas», após os difíceis dois anos de pandemia. «Agora estamos a atravessar uma crise que também está a ser difícil e é preciso ir encontrando momentos para descontrair».



   É aqui que entronca o «Fora da Casca». Diz o edil que «não há melhor do que um festival como este, que é despretensioso, descontraído, com bom ambiente e com petiscos muito acessíveis», disse, aplaudindo a participação das associações. 
 
 
   «Hoje em dia o associativismo é muito difícil, porque as pessoas estão cada vez mais desligadas. É preciso muita coragem e muita vontade para estar à frente das associações», salientou o edil, acrescentando que o evento também é uma forma de autarquia «reconhecer o trabalho» de quem ainda se dedica ao associativismo.
 
TEXTO R.D.

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