2024-08-22
Jovens que semeiam alegria e colhem sorrisos
Eis alguns dos voluntários da Associação Just a Change que por estes se dedicam a reabilitar casas de famílias em situação de pobreza habitacional do Alandroal. Que missão é esta? Nós contamos
TEXTO | Roberto Dores
«Vamos deixando amigos por onde passamos, depois do contacto com os beneficiários. São momentos que se prolongam no tempo». Em jeito de resumo, Ari Machado fala do que «também fica» da intervenção dos voluntários para lá dos restauros das casas de quem mais precisa.
Este jovem fala com a propriedade que a terceira experiência lhe confere, depois das duas primeiras repartidas entre São Teotónio (Odemira) e Azambuja. «Às vezes volto lá para falar com as pessoas que ajudámos. Adoram conversar connosco», diz este voluntário, enquanto o presidente da Câmara do Alandroal - que assume a quarta edição deste projecto com Just a Change - destaca a «forma diferente de fazer as coisas», que tem sido seguida ao longo das várias requalificações de imóveis que já percorrem o concelho.

«Há uma componente social muito importante com a ligação às pessoas. Fazem amigos para a vida», enfatiza João Maria Grilo, sublinhando a importância de quem mais precisa voltar a ter uma casa digna para «se sentir parte da sociedade».
Argumentos que, por si só, respondem à missão que reúne estes jovens de vários pontos do país. A Associação Just a Change não tem fins lucrativos e dedica-se a reabilitar casas de pessoas em situação de pobreza habitacional. Desde telhados, janelas e portas, casas onde não há água quente nem electricidade ou onde se passa frio.
Explicam os jovens que vemos na foto de capa que uma casa reabilitada tem um impacto directo na redução da pobreza e criminalidade da população, mas também faz bem à saúde pública e à eficiência energética. Reabilitam casas porque sabem que pode ser esse o ponto de partida para uma nova vida.
«É isto que estamos a fazer aqui, no Alandroal», garante Francisco Almeida (segundo a contar da esquerda)
, director do Camp In que está radicado neste concelho, assegurando que as obras têm decorrido com «bom andamento, porque os voluntários têm trabalhado bastante, os beneficiários têm reagido muito bem e o apoio da Câmara tem sido fantástico. Tudo ajuda na nossa missão». Mãos à obra.