2023-02-05
«Juromenha é a terra com mais fuzileiros por metro quadrado»
Fala Licínio Morgado (na foto), presidente da Delegação de Fuzileiros de Juromenha/Elvas. «Isto é uma paixão que passa de pais para filhos. Avós, tios, primos»
TEXTO | Roberto Dores
Ali perto está o filho. «Já é sargento», exemplifica, justificando com os elementos da própria família a tendência que os jovens de Juromenha têm demonstrado pelos fuzileiros. Segundo nos disseram, «Juromenha é a terra com mais fuzileiros por metro quadrado em todo o país», refere.
É dia de festa em Juromenha para os fuzileiros. Sexta-feira houve matança do porco que este sábado foi à grelha num convívio que juntou mais de cem pessoas oriundas de vários pontos do país
«É tradição fazermos estes eventos e também é por causa disso que muitos escolhem a Marinha, passando pela Escola de Fuzileiros. Fazemos amizades», justificou Licínio Morgado, que está já a pensar nas celebrações do aniversário agendadas para dia 6 de Maio no Alandroal.
O presidente da Câmara do Alandroal também destacava a particularidade da tradição dos filhos da terra em enveredarem por carreiras militares nos fuzileiros. «Temos todo o gosto em que este convívio aqui se realize», disse João Maria Grilo, recordando que também por isso a autarquia disponibilizou um espaço para a instalação da sede dos fuzileiros.
Câmara do Alandroal marcou presença e presidente, João Maria Grilo, destacou o facto do convívio levar a Juromenha pessoas de vários pontos do país
Segundo o autarca, esta delegação de fuzileiros promove «actividades importantes», considerando mesmo que «o momento da matança do porco já entrou no calendário das actividades anuais. É um momento de convívio para todos e vem muita gente de fora por causa disso».
Dia 6 de Maio celebra-se o 13º aniversário da Delegação de Fuzileiros de Juromenha/Elvas com inauguração do monumento à Marinha no Alandroal
E o que vale um evento como este numa vila como Juromenha? «Vale muito», responde peremptório o presidente da União de Freguesias do Alandroal, Manuel Fialho, aludindo ao impacto que a tradição acarreta ao nível do «dinamismo» da terra. «Temos poucos moradores, mas temos associações, como os fuzileiros, que dinamizam muito a vila, trazendo pessoas de fora. Claro que isto dá movimento.»