2024-02-20
Litoral Alentejano tem projeto para ceder casas a médicos e enfermeiros
O Governo desafiou a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) a apresentar uma estratégia de habitação para alojar os seus profissionais. É a primeira vez que o Executivo aposta nesta solução para tentar responder às carências de profissionais nas zonas do Interior. O projecto prevê o aproveitamento de património da instituição e a construção de novos imóveis, para um total de 20 apartamentos
No «Diário da República» já está publicado o despacho que determina que o Conselho de Administração daquela unidade de saúde deverá elaborar - até 30 de Junho - uma estratégia de disponibilização de habitação para os profissionais deslocados da ULSLA, com recurso a financiamento comunitário.
O documento alude ainda à necessidade de se avançar com o respectivo estudo de viabilidade económico-financeira das intervenções a realizar e uma proposta de modelo de gestão do parque habitacional.
O objectivo desta medida é tentar cativar mais médicos e enfermeiros a fixarem-se na região, onde escasseia a oferta habitacional e as rendas exibem preços muito altos, agravando o desinteresse dos profissionais por esta zona do país. No horizonte está ainda a possibilidade da medida vir a ser replicada a outras regiões portuguesas com as características idênticas.
Citado pelo JN, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, admite por isso que o exemplo do Litoral Alentejano será uma espécie de balão de ensaio. “Os grandes aglomerados urbanos que têm grande pressão da habitação são sempre zonas que podem beneficiar destas respostas”, refere o governante.
Embora ainda nada esteja decidido, Ricardo Mestre avança ao mesmo jornal que na ULSLA - abrange os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines - a ideia é criar cerca de 20 apartamentos T1 e T2, aproveitando o património da ULSLA ou construindo de raiz, aproveitando verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou outros fundos europeus.
