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2024-01-15

Má notícia para os produtores de mel. Vespa asiática veio para ficar

 
A erradicação da vespa asiática de Portugal - que já está instalada em quase todo o território do Alentejo - será «praticamente impossível», segundo avança Paula Cruz Garcia, subdirectora-geral de Alimentação e Veterinária. Alerta que o país terá de se habituar a conviver com esta praga exótica que, actualmente, é o principal inimigo dos produtores de mel
 
   Paula Cruz Garcia refere que a experiência em países que foram igualmente invadidos por esta vespa (também conhecida por velutina) mostra que «a erradicação é extremamente difícil», porque «tal significaria um impacte ambiental excessivamente elevado». 

   Ou seja, exterminar aquela espécie representaria uma campanha de aplicação de produtos tóxicos que iria «destruir também outros insectos que não são visados», pelo que a estratégia adoptada passa antes pelo «controlo da população», reduzindo-a ao máximo possível.

   Será este o caminho para que se possa «conviver com esta praga sem ter os danos que actualmente se estão a verificar, nomeadamente, na apicultura». A responsável salienta que «os prejuízos já são bastante importantes e preocupam imenso».

   O controlo passa por projectos, nomeadamente os que são implementados em territórios mais vastos. «É fundamental que exista uma estratégia regional harmonizada», considera Paula Cruz Garcia, que não concorda com a que existiu noutros tempos, em que «era cada município por si e as coisas não funcionavam bem». Com isto, diz «provavelmente ajudou-se a vespa a dispersar-se».

   A vespa velutina - vulgarmente conhecida como vespa asiática - começou já estender-se para sul, tendo há cerca de dois anos dado os primeiros sinais no distrito de Évora, depois de ter começado por conquistar terreno em Portalegre.
 

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