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2024-04-20

Marcha pela liberdade está na «rua». A peça de barro que imortaliza a Revolução de Abril

Carlos Alberto Alves assina a obra. «O que está aqui foi o que eu vivi no 25 de Abril. Com muito mais gente, claro», revela o barrista, que tinha 16 anos quando se deu a revolução. A peça, que dá voz ao povo à boleia de conhecidos slogans, é uma das que pode ser vista na exposição «Liberdade p'las mãos dos Barristas de Estremoz», na Galeria Municipal D. Dinis
 
TEXTO | Roberto Dores
 
   «Era estudante e já tinha esse lado antifascista que vinha de família. Assisti à primeira manifestação do 1º de Maio em Estremoz e esta peça é o resultado de uma multiplicidade de imagens que vivemos ao longo de 50 anos e que neste momento temos algum receio de vir a perder», enfatizou este sábado durante a inauguração da mostra que se prolonga até 7 de Julho. 

   A exposição integra o programa comemorativo «50 anos em Liberdade: Comemorações do 50º aniversário da Revolução de Abril de 1974», tendo Madalena Bilro apostado numa imagem icónica da revolução, captada pelo fotógrafo Sérgio Guimarães, quando o menino dos caracóis louros punha o cravo no cano da espingarda.

   «É a imagem que me diz mais», assume a autora, que puxa pelo símbolo que potenciou a «Alegria de Crescer em Liberdade»- o nome da peça. «Os jovens tiveram outras possibilidades de ir estudar».

   O presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, congratulou-se pelo facto do concelho estar a invocar os 50 anos da revolução «com aquilo que tem de mais rico, que é o nosso figurado. Envolvemos os nossos barristas nesta exposição e o resultado é fantástico», assinalou o autarca, depois de observar cada uma das peças que formam a exposição, recuperando em forma de arte «vários momentos e personagens de Abril.»

   Acrescentou ainda o autarca que «é um orgulho saber que a nossa sociedade civil, o nosso associativismo e a nossa cultura estão a aderir às comemorações de Abril».

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