2022-08-09

Médicos alertam que covid vai perturbar o próximo ano lectivo

 

   Governo decidiu que, para já, não é preciso adoptar medidas específicas por causa da covid-19 nas escolas, mas a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANSMP) defende que no próximo ano lectivo fará sentido

   Citado pela TSF, Gustavo Tato Borges, presidente da ANSMP, sublinha que neste momento, com a realidade epidemiológica portuguesa, não há necessidade de medidas específicas de combate à pandemia em vigor nas escolas, porque a situação é bastante tranquila nesta fase. 

   Ou seja, é normal que a escola inicie sem nenhuma medida específica de combate à pandemia, a não ser as gerais do dia-a-dia: lavar as mãos, ventilar os espaços e não ir à escola se estivermos doentes. Tudo de responsabilidade individual. 

   «No entanto, pensamos que é ilusório acreditar que durante todo o ano letivo não vai ser necessário implementar nenhuma medida de combate à pandemia, nomeadamente quando, durante os meses de inverno, tivermos uma provável nova onda de covid", explicou o dirigente à TSF, considerando que a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Educação já deveriam ter dado indicações às escolas para que cada uma pudesse criar planos de contingência quando, por exemplo, houvesse um surto de covid-19. 

   «Mas cada escola também já o pode fazer por sua iniciativa», acrescentou na mesma entrevista, insistindo que era importante «que cada escola tivesse um plano de contingência que previsse níveis de risco em que tivesse de assumir determinadas medidas. Se está tudo bem, não há medidas nenhumas. Quando começar a aumentar a incidência e outros indicadores, prever o regresso das máscaras, horários desfasados e, se estiver muita gente internada, vamos para telescola», sugeriu Gustavo Tato Borges.

   O Ministério da Educação sublinhou que cabe a cada um cumprir as medidas para prevenir o contágio e infecção por SARS-CoV-2 e que, nos casos de suspeita ou confirmação, deve proceder-se segundo a actual normal da DGS.