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2022-09-13

«Não gostamos todos do mesmo. A escola tem que motivar»

O primeiro-ministro deixou o «recado» em Évora, durante a cerimónia que assinalou o início do novo ano lectivo, na Escola Secundária Gabriel Pereira. Já o director do agrupamento sublinhou que o sucesso dos alunos «só será possível mantendo os profissionais de educação com elevados níveis de motivação
 
   António Costa recuou até ao seu 10º ano para defender que hoje o ensino pouco tem a ver com o que era leccionado há quatro décadas, mas avançou rapidamente no tempo para se fixar nos sete anos que tem à frente do Governo. «A maior mudança estrutural a que assisti é termos conseguido reduzir o abandono escolar precoce de 12 para quase 5%», disse.

   O primeiro-ministro sustentou que na origem destes resultados estão, por um lado, as melhores condições de vida das famílias, mas, sobretudo, o facto de haver «cada vez maior consciência social que para cada um se defender a si próprio é fundamental investir na educação.»

   Porém, há outro dado a reter nesta melhoria: «É a escola ter-se transformado e ser, cada vez, mais atractiva, mais diversa e conseguir ser motivadora para ter uma maior diversidade de jovens e crianças», acrescentou António Costa, insistindo na importância da oferta formativa. 


   «Não gostamos todos do mesmo. A escola tem que ter essa capacidade de motivar, mobilizar todos, porque todos têm que ter acesso à educação. E a sociedade precisa que todos tenham um melhor nível de educação  possível», acrescentou o primeiro-ministro.
 
«Importa que as carreiras 
docentes e não docentes 
sejam valorizadas»
 
   Para o director da escola, Fernando Faria Martins - que vai iniciar o terceiro mandato na liderança do agrupamento - os alunos são «o cerne de toda a comunidade educativa, pelo que o enfoque não pode deixar de estar centrado neles. É fundamental envolvê-los, apoiá-los no processo educativo, de modo a que se sintam integrados e também responsabilizados pelo processo ensino/aprendizagem», disse.

   Contudo, o dirigente acrescentou que o sucesso dos alunos «só será possível mantendo os profissionais de educação - docentes e não docentes - com elevados níveis de motivação», avançando a necessidade de praticar «uma gestão de proximidade. Uma gestão formativa que possa colocar os profissionais em patamares reflexivos e de grande envolvimento pessoal.»

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