2023-11-09
National Geographic destaca os tesouros medievais. Cinco são no Alentejo
A escolha é assinada pelo próprio director digital da «Viajes National Geographic». O espanhol Javier Zori del Amo coloca Estremoz (FOTO: SHUTTERSTOCK), Elvas, Marvão, Castelo de Vide e Monsaraz no topo das preferências, com o rótulo de «povoações medievais mais belas de Portugal entre fortalezas e ruas de contos»
TEXTO | Roberto Dores
Garante o jornalista que «merece a pena cruzar a fronteira» para visitar as localidades amuralhadas do Alentejo, enfatizando que as fortalezas que noutros tempos defendiam o território, aos dias de hoje «servem para embelezar a paisagem». Escutemos o que disse sobre as cinco localidades eleitas no Alentejo.
Na passagem por Estremoz descobriu tratar-se de uma povoação relevante desde a pré-história, destacando o detalhe em torno do achado da bracelete de Estremoz, uma mostra única da Idade do Bronze na Península Ibérica. Diz que a cidade é atractiva ao turismo pela «sua estampa medieval e a delicadeza das suas construções, a maioria delas a meio caminho entre o estilo gótico e o manuelino», sublinha, elogiando a estética.
«Daí que praticamente tudo seja belo neste lugar. Desde as portas das muralhas até ao imponente castelo. Tudo isto sem esquecer o sem fim de igrejas, conventos e mosteiros», acrescenta.
Já em Monsaraz o jornalista especialista em viagens pelo Mundo deparou-se com uma localidade que procurou manter as suas referências do passado, puxando «brilho» às muralhas e calcetando as ruas. «Converteu o seu castelo num esplêndido miradouro», assinala, sem deixar passar o detalhe das vistas sobre «a água doce de Alqueva».
Em Elvas encontrou uma cidade com «aparência dominante», elogiando a sua estampa, exibida, sobretudo, para quem entra em Portugal pelo Caia. Mas há mais. Escreve que antes da imponência militar, onde destaca o Forte da Graça, Elvas «assombra com o seu aqueduto».
De Castelo de Vide puxa pela «essência muito mais romântica», recordando que D. Pedro V chegou a dizer que era a «Sintra do Alentejo», onde as muralhas convivem com palácios e jardins.
Já em Marvão cruzou-se com «monumentos inesperados pela sua beleza e tamanho», citando o exemplo do próprio castelo. «É muito mais amplo do que parece», resume.