Notícias

2023-01-27

O raide que faz de Santa Eulália a «capital equestre» por um dia

 
Quando baterem as sete da manhã já os cavalos têm de estar a ser sujeitos à inspecção veterinária. Uma hora depois terá lugar a partida em grupo junto aos silos da Cersul. Arranca o 24º Raide Hípico Luís Tello Barradas, que coloca Santa Eulália à cabeça do calendário nacional e que este ano conta com assinalável representação de Elvas

TEXTO | Roberto Dores

   Mas como se prepara uma prova com estas características em pleno Inverno, sob a ameaça de temperaturas mínimas próximas do zero graus? O que para um leigo pode soar estranho, para um conhecedor tem uma leitura bem optimista. 

   Escutemos a explicação de Ana Barradas, membro da organização e cavaleira da terra com larga experiência em raides: «Isto é uma prova de resistência, pelo que o frio até é bom para os cavalos. Com calor seria pior. Nos anos em que chove, o piso fica mais mole e também favorece os cavalos», diz Ana Barradas, que vai estar em prova com outros nomes elvenses, como Leonor Alves e Almeida, Rui Lanternas, Ana Barbas, Pedro Sá e Carolina Balsas.

   Acrescenta que o facto de ser o início do calendário nacional permite atrair a este raide cavaleiros que estão a preparar a época, assegurando o prestígio à prova organizada pela Associação Humanitária de Santa Eulália e a Secção de Veteranos da Sociedade Recreativa Popular e Desportiva.

   «O horário é óptimo», sustenta, justificando que as inspecções às 7.00 horas é o normal nesta modalidade - há outras provas que começam ainda mais cedo -  enquanto a partida às 8.00 viabiliza que o final da prova possa ocorrer entre as 15.00 e as 16.00 horas.  Ana Barradas garante que será «excelente para quem vem assistir. Ainda vai conseguir ver tudo, sendo uma hora em que as temperaturas estarão mais altas».


   Para os menos conhecedores que queiram marcar presença em Santa Eulália fica a dica: É na Cersul que se localiza o observatório privilegiado da prova. «É ali que está a partida e a chegada e é por ali que os cavaleiros vão passando várias vezes durante a prova», enfatiza a mesma responsável.

   Vamos agora aos números que deixam perceber a dimensão do 24º Raide Hípico que homenageia Luís Tello Barradas, célebre raidista falecido na sequência de uma queda de um cavalo: Sete países representados, 50 participantes e uma prova de nível internacional com cem quilómetros, na qual estão inscritos 20 cavaleiros. 

   Mas há mais. O raide terá ainda uma prova de 80 quilómetros, outra de 40 e uma quarta de 20 para jovens. Haverá também um passeio de veteranos e uma pequena prova para crianças, que tem conquistado sucesso.

   Um detalhe. Ana Barradas esclarece que as distâncias de 40 e 80 quilómetros são provas de promoção dirigidas a cavaleiros e cavalos que ambicionem alcançar o nível internacional.
 

Artigos Relacionados

« Voltar