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2023-02-02

Odemira oferece duas casas a médicos que se instalem no concelho

 
A autarquia quer captar médicos para o concelho, pelo que aposta em garantir «todos os meios e condições» para assegurar os cuidados de saúde no território, «em estreita articulação» com Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA)

   O plano inscreve-se nas políticas de habitação e atractividade para o concelho de Odemira, tendo o Município e a ULSLA assinado contratos de comodato para a cedência de dois imóveis municipais destinados a alojar profissionais de Saúde que desempenhem a sua actividade no concelho. Os contratos foram assinados pelo presidente da Câmara, Hélder Guerreiro, e presidente do Conselho de Administração Catarina Arizmendi Filipe (na foto).

   A cedência dos imóveis, localizados na vila de Odemira, é efectuada a título gratuito e livre de quaisquer ónus e encargos, sendo os contratados celebrados pelo período de cinco anos.

   Esta medida surge numa altura em que os hospitais de Portalegre, Beja e Santiago do Cacém integram a lista de sete unidades de saúde que vão ser beneficiadas pelo programa «Mais Médicos», que prevê pagar mais dinheiro e disponibilizar alojamento a profissionais em início de carreira, que fizerem parte da especialidade no Litoral e a outra numa zona do país menos povoada.

   O programa «Mais Médicos» arranca no próximo ano, segundo avançou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assumindo que as especialidades prioritárias são as que registam graves carências de recursos humanos. Um cenário com enquadramento em várias valências dos hospitais alentejanos, sendo sublinhado o facto da localização das unidades de saúde contempladas se inscreverem entre as regiões do país com menor densidade populacional.

   O objectivo é atrair jovens médicos para o Alentejo ainda no período de formação e antes de constituírem família, para que se fixem por cá após a conclusão da especialidade.

   O governo admite que só haverá resultados a médio prazo, mas reconhece que, se nada for feito já, há especialidades que poderão desaparecer de algumas unidades de saúde por falta de profissionais, como reconheceu o próprio ministro.

   O modelo partilhado vai arrancar com médicos que vão iniciar o internato em Janeiro do próximo ano, nas especialidades em que está identificada uma crise de recursos humanos. Nomeadamente, medicina interna, cirurgia geral, anestesia, ginecologia/obstetrícia, pediatria, radiologia e também psiquiatria.
 

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