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2022-08-17

Pedras empilhadas em Alqueva? Parece arte, mas é um alerta para barcos

 
Empilhar pedras que parecem desafiar a gravidade nas margens dos rios e praias é uma modalidade intrigante que tem conquistado adeptos pelo Mundo. Há quem admita estar a fazer arte, há quem sugira tratar-se de meditação, mas também há quem garanta ser apenas uma moda para tirar umas fotos rumo às redes sociais. Mas o que fazem as pedras que vimos na foto em pleno lago de Alqueva? 

    Fomos ouvir quem lá as colocou (vídeo no final do texto). Mário Rosado, nadador-salvador na praia das Azenhas d´el Rei, em Montejuntos (Alandroal), conta que já vários barcos tinham colidido com as hélices naquela espécie de ilha que há dias foi «destapada» como consequência da seca. 

   O nível das águas da barragem baixou «um ou dois palmos, quase da noite para o dia», relata Mário Rosado,  acrescentando que quem ali passava de barco estava a ser frequentemente surpreendido pela escassa profundidade. «Depois vinham queixar-se a nós, como se nós tivéssemos culpa. Optei por pôr ali aquilo, para facilitar e sinalizar», refere o nadador-salvador.

   Recorde-se que a gestão da barragem compete à Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), enquanto os últimos dados disponíveis indicam que a albufeira se encontra com 69.2% da sua capacidade total de armazenamento, representando cerca de de menos 10 pontos percentuais face a um ano dito normal.  
 

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