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2023-06-26

Perder 10 quilos em 15 dias. Quem é que ainda acredita nisto? 

 
É um dos crimes da moda que vai conquistando terreno nas páginas da Internet à boleia da imagem de famosos. Vende-se de tudo: Programas de emagrecimento, dietas sem esforço, curas milagrosas para articulações e produtos de bem-estar. Não faltam planos para enriquecer sem sair de casa 

   As autoridades apelam às pessoas para não acreditarem em tudo o que vêem em algumas páginas e desconfiem quando forem atraídos por um anúncio com os rostos de Cristiano Ronaldo, Catarina Furtado, Jorge Gabriel, Mário Centeno, Fernando Póvoas ou Ricardo Mexia. É grande a probabilidade de se tratar de uma burla. Tenham ainda muita atenção às publicações com erros de português ou utilização de português do Brasil. E cuidado no preenchimento de formulários ou fornecimento de dados bancários.


 Catarina Furtado é uma das imagens mais utilizadas nas fraudes para venda de produtos de emagrecimento. Apresentadora já fez vários desmentidos.

   Por exemplo, no caso de Fernando Póvoas, já são 118 as fotografias que o cirurgião encontrou a vender produtos e continua a receber chamadas de pessoas a questionarem sobre o eficácia do medicamento, garantindo que não se sentem melhor. Acrescenta o especialista que a sua imagem já passou fronteiras, sendo utilizada também para o público espanhol. Citado pela Renascença lamenta estar «a passar por vigarista, como se estivesse a enganar as pessoas», reiterando  não ter «nada a ver com isto».

   Recorde-se que há dias, este tipo de esquemas voltou a ser notícia com o envolvimento do ex-presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, que se tornou numa figura pública durante a pandemia − quando todos os dias entrava pela casa dos portugueses com explicações sobre a Covid-19.

   A imagem do médico Ricardo Mexia foi utilizada para a venda de um produto de emagrecimento. Neste caso prometia a perda de 10 quilos em duas semanas.

Fernando Póvoas assume que o seu nome já chegou a Espanha e lamenta estar «a passar por vigarista, como se estivesse a enganar as pessoas».

 
   Os visados pelo uso abusivo das respectivas imagens nestas burlas já tentaram recorrer à justiça para travar a fraude, mas alguns acabaram por desistir. São as próprias autoridades que admitem a dificuldade de combater este género de crime, avançando a Associação de Defesa dos Consumidores (Deco) que o foco destes burlões são as técnicas para emagrecimentos miraculosos, ou soluções revolucionárias para problemas de saúde. 

   A Deco acrescenta que que este género de golpe encerra vários crimes, caso da utilização ilícita de uma fotografia da figura pública que dá pena de prisão até um ano e pena de multa até 240 dias. Mas se tiver um fim comercial a penalização pode  ser agravada.

   Já no que diz respeito ao consumidor, a Deco alerta para uma prática comercial «desleal e enganosa», que promete efeitos milagrosos que não acontecem, concluindo que se a vítima fez um contrato à distância na internet tem 14 dias para o cancelar.
 
 

 
 

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