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2022-10-19

Quanto custou o KC-390, quantas horas demorou a construir e para que serve?

Eis o avião que vai substituir o Hércules C-130 na Força Aérea, construído com engenharia portuguesa. Foi apresentado esta manhã em Beja e será entregue em Fevereiro
 
   Mas, afinal, qual é a mais-valia da nova aeronave? A explicação é dada pelo tenente-coronel Paulo Martins, tripulante do novo KC-390. «Estamos na presença de uma aeronave de última geração», destacou, acrescentando que traz maior capacidade, maior segurança, maior eficiência para as missões. Vai-nos fazer chegar mais longe e mais rápido», revelou.
Em Portugal, a construção dos KC-390 foi gerida pela Empresa de Engenharia Aeronáutica, que foi seleccionada pela Embraer para participar no consórcio de desenvolvimento destes aviões, em parceria com o Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel e as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico.

   O KC-390 está habilitado a desenvolver um rol de actividades, desde transporte ao lançamento de pára-quedistas, busca e salvamento, passando pelo combate a incêndios. «As Forças Armadas passam a conseguir chegar de uma forma mais eficiente às missões», insiste, puxando pela constante evolução do sector aeronáutico, que deixou obsoletos os icónicos C-130. Remontam a 1977.

   «Hoje em dia, a utilização do espaço aéreo, o nível de comunicações e exigência da missão implicam  tecnologia de ponta. Há missões que as aeronaves mais antigas não conseguem acompanhar. Aqui temos um avião equipado com tecnologia de última geração», explicou ainda Paulo Martins.

   De facto, este avião militar é o maior projecto de aeronáutica com participação da indústria portuguesa, tendo sido produzido pela empresa brasileira Embraer. 

   Foram investidas 650 mil horas de trabalho de engenharia portuguesa nas asas e fuselagem, tratando-se do primeiro de cinco aviões encomendados em 2019, por um valor total de  872 milhões de euros. Se dividirmos este montante pelas cinco aeronaves encontramos um preço unitário de 174,4 milhões de euros. Os cinco aviões vão chegar a Portugal até 2027, à ordem de um por ano.

António Costa reafirmou o compromisso de reforçar as verbas da Defesa de forma «segura»

   O primeiro-ministro, que esteve na apresentação do novo avião reforçou a importância do KC-390 para a «capacitação das Forças Armadas e da Força Aérea», a par do «estreitamento das relações com o Brasil» ou o «desenvolvimento do nosso cluster aeronáutico como importante componente da economia nacional».

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