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2022-01-11

Quem registou os capotes já pediu desculpa (COM VÍDEO)

Fim de conversa. O registo dos capotes alentejanos, feito por um particular de Penafiel, resultou numa mão cheia de nada, acompanhada por um pedido de desculpas. A revelação foi feita ao SUL IBÉRICO por Rosária Grilo, representante dos Capotes Alpedrinha, em Santa Eulália."As entidades competentes existem para serem competentes", acrescentou, estranhando o facto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial aceitar o registo de um património alentejano feito por alguém do Norte. 
"As entidades competentes deviam ter visto e dizer que isto não pode ser, é surreal. Estas peças são, de facto, alentejanas e não podemos deixar que elas fujam da nossa história", insiste, tendo a informação de que a lei deverá ser alterada em nome da salvaguarda do património regional.
Recorde-se que os artesãos que confeccionam os tradicionais capotes alentejanos foram surpreendidos com cartas registadas, nas quais alguém reclamava para si os direitos exclusivos à imagem dos capotes e samarras. A carta começou por ser encarada como uma brincadeira de mau gosto, mas o assunto deixou o sector preocupado, levando a Direcção Regional de Cultura do Alentejo a intervir para pedir a anulação do registo.
A notificação chegou a 19 de Novembro. A carta era assinada por um advogado com escritório em Penafiel, que representava um engenheiro civil desta região. Os artesãos ficaram a saber que os artigos que comercializavam estavam agora registados no Instituto Português de Propriedade Industrial. O cliente do advogado reclamava para si os direitos exclusivos à imagem dos capotes e samarras, garantindo ser o detentor dos desenhos e modelos.
 

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