2023-08-05

Regionalizar a arte entre Estremoz e Elvas? É para já

 
O desafio foi lançado pelo coleccionador António Cachola e recebeu a pronta «luz verde» do presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio. Acreditam ambos que a aposta da cultura  na promoção em rede ao nível regional permitiria beneficiar vários concelhos

TEXTO l Roberto Dores
   O tema esteve em foco durante a abertura da «Clausura» ao público, uma peça da colecção António Cachola, criada por Pedro Calapez, que viajou do Museu de Arte Contemporânea de Elvas até ao Museu Berardo, em Estremoz, onde vai permanecer em exposição até dia 29 de Outubro.  

   «É essencial a cooperação entre municípios», sublinhou António Cachola, alertando que em Portugal só é possível visitar a colecção de azulejos no Museu Berardo e arte contemporânea feita por portugueses em Elvas. «Estamos condenados a estar em rede, porque as pessoas que gostam de vir ao museu de Estremoz também gostam de visitar o museu de Elvas. E vice-versa. A rede é fundamental para termos o futuro que necessitamos», insistiu o coleccionador.

   José Daniel Sádio subscreveu a prioridade. «O museu de Arte Contemporânea de Elvas é uma referência e esta parceria que aqui iniciámos, abre um espaço para um caminho de valorização dos dois municípios, mas também do Alentejo e do país», sublinhou.
 
   O autarca assumiu o conceito de «regionalização da arte», justificando que nos quase dois anos que leva de mandato tem constatado como os vários colegas autarcas têm abordado o interesse do «trabalho em rede». 

   Destacou ainda a importância de se «ganhar escala» no sector cultural, acrescentando que cada concelho terá que afirmar a sua identidade, mas todos juntos vão afirmar a região.

   «Isso é fundamental. Temos boas vias rodoviárias e  se ganharmos escala as pessoas olham para tudo o que a região oferece», insistiu José Daniel Sádio, acrescentando que estes passos vão ajudar a fixar população, atraindo também «turistas e investidores».

[label_related]

« Back