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2023-03-24

Salão que «respira» arte projecta Estremoz rumo à Capital Europeia da Cultura

 
Todos concordam. A Bienal Internacional de Artes que «invadiu» o Parque de Feiras de Estremoz tem lugar na programação «Évora 2027». Ainda não passou por lá? Aproveite a oportunidade até domingo. O salão mostra as obras de 140 artistas de 15 países

TEXTO l Roberto Dores

 
   A directora regional de Cultura, Ana Paula Amendoeira, considerou que a primeira bienal do Alentejo «vem preencher um espaço que existe na região e que não está ocupado», perante o imenso salão de artes plásticas, sobretudo, acrescentou, «quando estamos a quatro anos de uma Capital Europeia da Cultura.»

Directora Regional de Cultura do Alentejo quer elevar a fasquia da bienal para 2025 a pensar em 2027
 
   Nesse sentido, Ana Paula Amendoeira destacou como «o domínio das artes da criação artística é muito importante. Temos que começar com algum tempo e quatro anos não é muito», enfatizou, levantando a fasquia da BIALE para as próximas duas edições, precisamente tendo em vista a Capital Europeia de 2027.


   «Esta primeira edição já tem a parceria com a bienal de Vila Nova de Cerveira, o que é óptimo, pela experiência que eles têm. Espero que evolua em 2025 e 2027, porque é muito bom termos aqui este espaço de liberdade criativa», assinalou a mesma responsável, enquanto o presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, também encara 2027 como um desígnio a reter. «Este é, necessariamente, um certame que terá toda a lógica em ser incorporado naquilo que será a Capital Europeia da Cultura», referiu.

A BIALE, uma organização entre a Artmoz e a autarquia, tem chamado muitos visitantes ao parque de Feiras. Trata-se de uma exposição ímpar a Sul do Tejo, que mostra um leque de sugestões artísticas: arte contemporânea, escultura, fotografia e também digital. Pode passar por lá até domingo

   Eis os argumentos do autarca: «Falamos de artes plásticas, falamos de cultura. Vemos a qualidade e a dimensão do que está à vista logo nesta primeira edição. Será uma mais-valia óbvia para inserir na programação do Évora 2027», disse.

Presidente da Câmara de Estremoz admitiu que a cidade se está a posicionar para ter lugar no programa da Capital Europeia da Cultura
 
   Recordou, de resto, ter sido esse o desafio já referido por Carlos Pinto Sá, presidente da Câmara de Évora, quando alertou que Évora 2027 tem que ser toda uma região e não só um concelho. «Todos temos a ganhar e Estremoz está já aqui a marcar a sua posição», assumiu o autarca.
 
   E o presidente da BIALE afinou pelo mesmo diapasão. Carlos Godinho revelou que quando a ideia desta mostra de artes plásticas foi lançada já tinha no horizonte a possibilidade do Alentejo receber a Capital Europeia da Cultura. Foi por isso que se projectou a seis anos. 

Presidente da BIALE quer ganhar escala já para a edição de 2025
 
   «Temos um caminho a percorrer e a rampa de lançamento será 2025, para podermos atingir o objectivo traçado», admitiu Carlos Godinho. E qual é? «Queremos chegar a ser uma bienal de grande importância nacional e internacional, dando visibilidade a artistas plásticos. Quanto maior reflexo tiver o artista, maior reflexo terá a bienal», concluiu.
 

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