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ELVAS. A construção militar que é única no Mundo

O Forte da Graça traduz a arrojada construção militar de Elvas que é única no Mundo, tendo contribuído decisivamente para a classificação de património mundial atribuída à cidade pela Unesco em 2012.
O Forte, que reabriu em 2015 após as obras de restauro, é datado do século XVIII, tendo servido para Portugal "se defender dos ataques inimigos". Relata a história que esta foi a primeira fortificação com estas características e dimensões que o mundo viu erguer, sendo inicialmente conhecida como Forte Conde de Lippe, em homenagem ao promotor da obra e encarregado de o mandar construir.
O nome actual deve-se ao facto de, no século XIV, estar erguido um santuário no topo do Monte da Graça, mandado construir por Catarina Mendes, bisavô do famoso navegador Vasco da Gama.
O santuário esteve neste lugar até ao ano de 1763, quando foi derrubado para construir esta enorme fortaleza militar, tendo as obras terminado em 1792. É uma fortificação quadrangular, onde se podem ver quatro bastiões: representando Badajoz, Elvas, Santo Amaro e Mafra.
De resto, a designação de Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações, como lhe chama a UNESCO, prende-se com o facto da cidade exibir o maior complexo de fortificações abaluartadas do mundo. Só o Forte da Graça, em conjunto com outras fortificações como o Forte de Santa Luzia e os Fortins de São Mamede, São Pedro e São Domingos, ocupa uma área 179 hectares.
A reabertura do Forte da Graça em 2015 foi um dos mais relevantes impulsos que Elvas recebeu para começar a atrair turismo dos quatro cantos do mundo após a classificação atribuída pela UNESCO.
Depois de anos a fio de degradação, com portas abertas ao vandalismo e pilhagens, a “jóia da coroa” da arquitectura militar elvense passou a conhecer uma vida nova, recuperando o seu lugar na história. À boleia de um investimento superior aos 6 milhões de euros.
O forte resistiu às tropas espanholas durante a chamada “Guerra das Laranjas” (em 1801) e, mais tarde, no contexto da Guerra Peninsular, às tropas do general Nicolas Jean de Dieu Soult, que o bombardearam (1811), não chegando a tomá-lo. Durante largos anos foi utilizado como prisão militar

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